O Argumento Cosmológico
Na senda do problema metafísico para a existência de deus, e visto ter mostrado num post anterior um argumento a favor do ateísmo, irei agora demonstrar o mais simples dos argumentos que visa provar a existência de deus: O Argumento Cosmológico. O Argumento Cosmológico afirma que não pode haver uma regressão infinita de causas para que as coisas existirem. Afirma assim que deus é a causa final de todas as coisas que existem. Uma das formas do Argumento Cosmológico, posto de maneira simples: (1) Tudo o que existe tem uma causa. (2) Nada se pode causar a si próprio. (3) Logo, tudo é causado por outras coisas. (4) Uma corrente causal não se pode estender até ao infinito. (5) Logo tem de existir uma primeira causa. Aplicado a Deus: (1) Tudo o que existe tem uma causa. (2) O Universo existe. (3) O Universo tem uma causa para a sua existência. (4) Se o Universo tem uma causa para a sua existência, essa causa é Deus. (5) Deus existe. Tomás de Aquino, filósofo medieval, formulou uma versão diferente do Argumento Cosmológico à qual denominou Argumento do Movimento. Afirmava que as coisas em movimento não puderam vir a movimento, mas que foram causadas a movimento. Não pode existir uma regressão infinita de movimentos, e logo tem que existir um Movedor que causa as coisas a movimentarem-se. O Movedor a que Tomás de Aquino se refere é obviamente Deus. Uma das maiores fraquezas que o Argumento Cosmológico demonstra é que se todas as coisas que existem possuem uma causa, então também deus deve possuir uma causa. Iremos assim sempre regredindo, e implica que existam um número infinito de causas. Entra-se assim num paradoxo. Deus é então um ser sem causa.