Caderno Crítico

Sunday, December 31, 2006

"The Road Goes Ever On"

Viramos assim a última página deste Caderno Crítico. Não que sejam muitas as páginas escrevinhadas a lápis e tinta azul, pois este foi um caderno breve e inconstante. O papel aguardou pacientemente, ansiando pelas letras que cobririam a sua superfície, enchendo-se de ideias e registos, que são sempre únicos e deliciosamente subjectivos, recordando que cada ser humano é único. Mas este Caderno Crítico não foi em vão. Foi uma experiência valiosa no mundo dos blogues, uma estreia e uma extrapolação da tinta que adere ao papel branco do bloco à folha virtual, que revelou o seu potencial fantástico na transmissão de ideias a uma audiência composta de todos os seres humanos. Este Caderno foi também um processo de maturação das ideias, apesar das poucas linhas que cobrem as suas folhas. Uma viagem gratificante pelo pensamento crítico. E este Caderno Crítico não é um fim. Antes, foi um impulsionador em direcção a ideias examinadas e ao pensamento crítico, e um primeiro contacto com um mundo cujo potencial é ilimitado. Não é um adeus. A viagem continua aqui, no Whys and Wherefores. E não se vislumbra os contornos de uma meta, no horizonte. Flávio Santos

Thursday, June 01, 2006

Conta-me outra vez...

Papá cuéntame otra vez ese cuento tan bonito de gendarmes y fascistas, y estudiantes con flequillo, y dulce guerrilla urbana en pantalones de campana, y canciones de los Rolling, y niñas en minifalda. Papá cuéntame otra vez todo lo que os divertisteis estropeando la vejez a oxidados dictadores, y cómo cantaste Al Vent y ocupasteis la Sorbona en aquel mayo francés en los días de vino y rosas. Papá cuéntame otra vez esa historia tan bonita de aquel guerrillero loco que mataron en Bolivia, y cuyo fusil ya nadie se atrevió a tomar de nuevo, y como desde aquel día todo parece más feo. Papá cuéntame otra vez que tras tanta barricada y tras tanto puño en alto y tanta sangre derramada, al final de la partida no pudisteis hacer nada, y bajo los adoquines no había arena de playa. Fue muy dura la derrota: todo lo que se soñaba se pudrió en los rincones, se cubrió de telarañas, y ya nadie canta Al Vent, ya no hay locos ya no hay parias, pero tiene que llover aún sigue sucia la plaza. Queda lejos aquel mayo, queda lejos Saint Denis, que lejos queda Jean Paul Sartre, muy lejos aquel París, sin embargo a veces pienso que al final todo dio igual: las ostias siguen cayendo sobre quien habla de más. Y siguen los mismos muertos podridos de crueldad. Ahora mueren en Bosnia los que morían en Vietnam. Ahora mueren en Bosnia los que morían en Vietnam. Ahora mueren en Bosnia los que morían en Vietnam.

Ismael Serrano

Monday, May 29, 2006

Apologia

Lamento não actualizar este caderno nos últimos tempos. Os estudantes decerto compreenderão o porquê; afinal, é época de testes para grande parte dos estudantes portugueses. Mas além dos testes, também os prazos de entrega/apresentação dos trabalhos finais exerce pressão sobre mim: Biologia, está entregue. Psicologia, era suposto entregar amanhã. História, brevemente. É simplesmente o síndrome de fim-de-ano, em que nos encontramos mais ocupados e mais desmotivados - cansados, diria. Apresento assim a minha Apologia. Espero que não me condenem à ingestão da cicuta ;)

Sunday, May 14, 2006

Deus no céu, Escravos na Terra

"A primeira revolta deve ser contra a suprema tirania da teologia, contra o fantasma de Deus. Enquanto tivermos um mestre no céu, seremos escravos na Terra."

Mikhail A. Bakunin

Sunday, April 09, 2006

Da Propriedade Intelectual e da Cultura Livre

Relativamente ao alvoroço que tem sacudido Portugal, no que concerne ás actividades de carácter ilegal e terrorista da IFPI contra a partilha de música online, proponho-me discorrer sobre as minhas ideias no que toca à propriedade intelectual e à liberdade da cultura. Do meu ponto de vista, penso que a cultura deveria ser livre e sem restrições. A propriedade intelectual não se presta aos mesmos condicionamentos da propriedade física: eu posso disfrutar de uma composição musical sem impedir o seu criador de o fazer de igual forma.Os actuais problemas da 'exploração dos direitos de autor' têm origem sobretudo com o advento do capitalismo, onde se torna possível explorar tudo em busca de lucro.Isto põe o problema da remuneração do criador da propriedade intelectual. Na minha opinião, uma obra intelectual, no sentido estético, consegue atingir a sua plenitude quando não incorpora o objectivo monetário no processo de criação. Quando o faz, torna-se nublada, diria que até mesmo forçada. Estamos perante um problema complicado: a par do reconhecimento da qualidade da obra, através de críticas, através do seu possível usufruto por terceiros, passou-se a visar um objectivo financeiro, que passou a ser visto como estímulo para a criação de novo material cultural. Mas os autores que consideramos como grandes referências da cultura ocidental, alguma vez receberam elevadas somas de dinheiro pelo contributo que fizeram para o enriquecimento cultural do seu povo, e em última instância, da humanidade?Quais seriam as consequências se o pensamento filosófico de Sócrates, de Platão ou de Pitágoras tivesse sido protegido pelos direitos de autor e fôssemos obrigados a pagar uma taxa pelo seu usufruto? Teria o pensamento ocidental atingido o nível que atingiu, perante tal condicionamento? O ponto que defendo consiste no conceito de livre circulação de cultura (não me refiro ao plágio, que é condenável sobre qualquer circunstância) que contribui, indubitavelmente para um desenvolvimento humano mais acelerado e saudável. Não é ético o facto de uma corporação tranformar as descobertas dos seus cientistas em segredos empresariais, e os administrar a seu bel-prazer, frequentemente tendo em vista o lucro em detrimento do humanismo. Tomando como titulo de exemplo, Se uma grande corporação médica descobrir a cura da SIDA, esta ficará fechada nos seus cofres, e apenas esta decidirá como a administrar. Provavelmente vendê-la-à a quem a desejar comprar, sendo o governo cliente habitual, por uma elevada soma de dinheiro. Não seria mais saudável se esta cura para a SIDA fosse um bem comum, em vez de propriedade de uma só empresa, que decide com base no que é mais lucrativo? Defendo a livre circulação da cultura, que esta não deve ser pertença de uma só pessoa ou corporação. Deve ser um bem comum. Afinal, nós só nos é possível produzir cultura através de outros fragmentos de cultura. Se os gregos tivessem criado uma "lei de copyright" e a aplicassem sobre a sua rica produção mitológica, a produção literária dos séculos seguintes teria perdido imenso com esta medida. É impossível não pensar nas possibilidades negativas que as leis de copyright oferecem: um uso agressivo e generalizado deste tipo de medidas pode paralizar o desenvolvimento humano. Basta pensar que cada pedaço de cultura produzida pode ser submetida a estas leis, ou seja, cada descoberta científica, cada texto, cada composição musical está sujeita a um tratamento muito pouco humano: pura mercadoria. Não sou totalmente anti-copyright, porque penso que tem que se dar crédito ao criador da ideia, e não tolero a apropriação abusiva. E que se o autor assim o desejar, se pague uma soma adequada pelo seu esforço (nada que se aproxime da exploração actual). Mas penso que a partir daí, a ideia possa ser distribuída de pessoa para pessoa sem custos adicionais. O ser humano é um animal cultural, e sem cultura não existe humanização. A sociedade em que vivemos (capitalismo) transforma tudo em mercadoria, incluindo a própria cultura que nos torna humanos e providencia sentido à nossa existência. A produção de cultura deveria ser um acto que tem em vista o puro prazer estético, e nunca o lucro. O lucro, esse, poderia advir de forma secundária, mas nunca ser o objectivo principal. Umas das teses apresentadas é a de que o músico, por muito prazer estético que tenha na produção da sua obra, ainda assim precisa de ser compensado pelo tempo que gasta na produção da música. Se tivesse um trabalho paralelo, provavelmente nunca conseguiria produzir uma obra tão rica como a que é produzida enquanto detentor de mais tempo. Precisa de meios para subsistir. Este facto leva-nos a questionar os próprios pilares do capitalismo. Um dos seus princípios é a exploração através do trabalho. Não pretendendo discorrer muito sobre a natureza do capitalismo (eventualmente escreverei um artigo sobre o assunto) basta-nos pensar que passamos grande parte da nossa existência a trabalhar - e a descansar do trabalho.Desta forma,não conseguimos dedicar o tempo que gostariamos ao ócio.Não podemos esquecer que foi do ócio que surgiram os grandes desenvolvimentos culturais a nível do pensamento ocidental. A partir do momento em que os gregos se conseguiram livrar do trabalho braçal pesado, tiveram tempo para se dedicar aos assuntos que pediam a sua atenção.Através da abolição do capitalismo, e de uma justa distribuição do emprego por todos, e por menos horas, através de um sistema económico radicalmente diferente, conseguiremos obter o estado em que a produção cultural não esteja condicionada a variantes económicas, e que possa ser produzida pelo puro deleite estético. Para ler mais sobre os conceitos de copyright e copyleft: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2002/06/29908.shtml

Wednesday, April 05, 2006

Da Astrologia

É desconcertante observar a forma como as pessoas dão importância à astrologia, ver como as pessoa acatam as 'previsões' feitas por uma 'ciência' que se socorre de noções pré-Copérnico para explicar os movimentos celestes e estabelecer uma suposta relação de causalidade entre estes movimentos e os eventos que tomam lugar na nossa vida, aceitando cada palavra proveniente do que pensam ser um qualquer proeminente mestre do misticismo.

A astrologia reveste-se de inúmeras falácias e serve-se de instrumentos muito pouco científicos. Todas as asserções feitas sobre determinado evento/indivíduo são feitas a partir de uma perspectiva geocêntrica (qualquer pessoa minimamente culta sabe que Galileu enviou o geocentrismo para o seu devido lugar). Que dizer sobre um indíviduo que poderá vir a nascer em, digamos a titulo de exemplo, Marte? E de um indíviduo que nasça num ponto do Universo onde as constelações que integram a tradição astrológica não sejam visíveis? E visto que a astrologia se serve da simultaneidade universal, qual será o mapa astral de um indivíduo que nasça num veículo que se desloca à velocidade da luz? São hipóteses perfeitamente válidas e pertinentes do ponto de vista lógico.A astrologia toma como princípio a imutabilidade do Universo. Mas à luz da astronomia (uma ciência que possui grande valor, e que a astrologia insiste em desrespeitar) o Universo está em constante mudança. O céu que vemos hoje não é o céu que os antigos babilónios viram. Não é o mesmo céu que o nosso antepassado, o homo erectus viu. Não é o mesmo céu que daqui a um milhão de anos os nossos descendentes verão. Não existe, simplesmente, qualquer fundamentação lógica ou científica para a astrologia.

É aceitável e concebível que o ser humano, fruto da insegurança, tal como inventou deus para explicar os fenómenos naturais que o rodeavam, se socorreu da invenção de um corpo de saberes que procurava explicar o seu destino. Voltou-se assim para o céu e para as estrelas, aquilo que mais lhe era transcendente. É no entanto inaceitável que tantas pessoas, numa era em que a ciência (peço desculpa pela possível arrogância da minha afirmação) triunfa sobre deus e sobre os saberes arcaicos, se sirvam de noções pré-Copérnico.

Desde "o redactor da revista cor-de-rosa que despeja um conteúdo aleatório" ao "místico que acredita realmente naquilo que diz" somos inundados por analíses da nossa personalidade (um insulto à psicologia) previsões do nosso futuro, generalizações estúpidas, que afirmam que 'os indivíduos nascidos dia X do mês Y do ano Z irão beneficiar de A, B, C e terão contra si os factores F, G e H'.Mais importante ainda, a forma como as pessoas acreditam naquilo que é um perfeito exemplo do 'efeito de Barnum' mostra a acefalidade que é a base da vida de muitos indivíduos da nossa sociedade. O Efeito de Barnum, referido acima, afirma que as pessoas tendem a aceitar descrições de personalidade vagas e muito gerais como se se adequassem apenas ao seu caso, sem perceber que a mesma descrição pode aplicar-se perfeitamente a um grande número de indivíduos. É este o factor que, a par do efeito placebo, determina a crença das pessoas nas pseudociências.

A astrologia, essa ciência que desrespeita constantemente os avanços feitos pelos astrónomos, psicólogos e outros cientistas pertencentes a outros campos do saber, constitui uma fraude voluntária (perpetuada por indivíduos que sabem que a astrologia é uma fraude) ou involuntária(perpetuada por indíviduos que acreditam naquilo que fazem). E o perigo reside na acefalidade dos indivíduos que aceitam a astrologia, mesmo a menor escala, como explicação dos eventos que tomam lugar no decurso da sua vida.

A astrologia não é mais do que uma busca de orientação e conforto numa sociedade caracterizada pela incerteza e pelo bombardeamento constante de informação.

Saturday, April 01, 2006

O Insucesso Escolar no país asocrático.

"Não há dúvida que o insucesso escolar é talvez o fenómeno mais deprimente, mais negativo que causa um atraso estrutural a Portugal e condiciona o nosso desenvolvimento", considerou o primeiro-ministro, José Sócrates.

Fonte: Jornal de Notícias
Tal como o prezado primeiro-ministro desta nossa República Portuguesa (que de socrático nada tem, numa República Portuguesa que cada vez menos é uma res publica) o insucesso/abandono escolar é sem qualquer sombra de dúvida deprimente e negativo. O engenheiro Sócrates parece alienado das condições não menos deprimentes e depressivas que levam ao insucesso/abandono escolar; factores que ao nível social se caracterizam pela carência de algumas famílias portuguesas em poder enviar os seus filhos à escola (apesar do nosso ensino gratuito, os nossos manuais de ensino continuam a manter um preço muito pouco conveniente, apenas para citar uma das dificuldades) e factores ao nível do próprio ensino português em geral, quer ao micronível de cada comunidade escolar. É facil falar no insucesso/abandono escolar enquanto fenómeno de natureza deprimente e negativa, mas é díficil agir sobre ele se não interpretarmos o problema enquanto algo global, ligado por relações de causalidade que por vezes são complexas. É necessário agir sobre vários campos para garantir que as crianças não só tenham de ir à escola, mas que mais do que o sentimento de obrigação que as compele a estarem de corpo presente numa sala de aula, elas tenham gosto em frequentar a escola. É necessário agir sobre a infraestrutura escolar: existe um sem-número de escolas onde os alunos estão sujeitos ao frio, pois não existe um aquecedor na sala. Existem escolas que longe de reunirem as condições necessárias ao bem-estar do aluno, apresentam-se como lugares desolados. O Ensino é subsidiado, e este é um facto. Mas é necessário melhorar a eficiência do S.A.S.E. É necessário fornecer os manuais aos alunos atempadamente, não pedir aos pais que os comprem e que esperem que a escola, alguns meses depois, os reembolse. Por vezes os encarregados de educação não podem dispender capital nos ditos manuais. Talvez a adopção de um manual universal não seja a melhor solução (traz diversos problemas, como a falta de imparcialidade relativamente a determinados assuntos, especialmente patente nos manuais de História) mas é sem dúvida uma solução melhor face aos preços praticados pelas editoras - alguns manuais podem chegar facilmente aos 40 euros. Sócrates fala-nos de um choque tecnológico. Não sendo eu economista, e não conhecendo as implicações económicas da medida que vou enunciar, será que as consequências económicas a longo prazo causadas pelo atraso estrutural são preferíveis a equipar cada carteira das nossas escolas com um aparelho informático (um terminal) que substituiria a necessidade de manuais caríssimos? E se os governos anteriores tivessem ao menos planeado tal medida (porque ao menos residiria no plano das ideias) e tivessem investido menos nos nossos estádios? Será preferível investir num Centro de Formação para a Acefalidade (ou seja, o Estádio de Futebol) em detrimento de uma Escola? (ou talvez os nossos governantes sejam adeptos de uma das grandes medidas de controlo social, utilizadas desde a época do Império Romano: Pão e Circo) A sobrecarga que é imposta sobre os ombros dos nossos professores não contribui em nada para o melhoramento da educação portuguesa. Afinal, as aulas de substituição consistem em entreter os meninos do básico entretidos em detrimento da saúde mental do professor. A tal medida que obriga os docentes a permanecerem mais tempo dentro do recinto escolar, frequentemente a fazer rigorosamente nada ou a executarem tarefas perfeitamente inúteis contribui para o estado lastimável das coisas. Esquece-se a ministra que os professores são dos profissionais que mais trabalho levam para casa, e que o tempo que passam na escola a fazerem absolutamente nada de produtivo poderia ser dispendido a preparar aulas produtivas, a rever testes que apresentariam melhores resultados, fruto de aulas produtivas que poderiam ser preparadas por professores com tempo que não é gasto em actividades pouco produtivas. Isso beneficiaria os professores, que não dispenderiam tempo em actividades que não lhes dão prazer algum, e consequentemente os alunos seriam os grandes beneficiados. O dinheiro investido em transportes de luxo para os integrantes do governo asocrático poderia ser distribuído pelas bibliotecas escolares, com fim à aquisição de mais obras, mais equipamento informático, e para a contratação de indivíduos titulares de uma formação em biblioteconomia (não quero assim deixar de manifestar a minha profunda admiração pelos professores e auxiliares de acção educativa que mantêm as nossas bibliotecas escolares em funcionamento). Deixo também uma nota negativa referentemente à má estruturação (e por vezes pobreza) dos conteúdos programáticos leccionados nas nossas escolas. A mesma má estruturação que afecta tantos alunos no momento dos Exames Nacionais. E outra nota ainda ao regime de faltas vigente no sistema educativo, que contribui grandemente para a remoção dos alunos desmotivados relativamente a conteúdos programáticos que não raras vezes paupérrimos, e para uma percentagem significativa desses alunos menos autónomos, castrantes. Reitero a minha afirmação de que é necessário agir sobre vários campos da nossa realidade social e intelectual para incentivar os nossos estudantes a frequentarem as escolas em vez de as desertarem. Eu sei disso. O Governo do Engenheiro Sócrates sabe disso. Falta-lhe agora agir sobre o problema de forma eficiente. Na próxima crítica ao nosso sistema de ensino, debruçar-me-ei sobre a problemática da formação oferecida nas nossas escolas (e a forma como é ministrada): A Escola enquanto Formadora de autómatos do sistema em detrimento de livres pensadores.

Nietzsche Morreu

"Deus Morreu" - Friedrich Nietzsche

"Nietzsche Morreu" - Deus A piadinha filosófica para descontrair um pouco ;)